sábado, 30 de janeiro de 2010

Uma lembrança a bem da moralidade pública (1914)



Não tendo sido realisado o programma do Tenente-Coronel Cipriano Lopes de Vasconcellos Galvão, quanto a ficar esta Villa cercada, para evitar a frequencia de animais soltos no local desta mesma Villa, todavia o Coronel Ladislau de Vasconcellos Galvão, então Presidente da Intendencia, no cumprimento da lei, fizera retirar ditos animmaes, de modo que os moradores ficarão em tranquilidade, embora frequentassem os jumentos de trabalho, dos quaes, o maior numero, não são castrados. Esses jumentos, que deverião estar presos com segurança, e não soltos, como vivem, são contra a moralidade publica, visto haverem jumentas tambem soltas, de modo que as familias se achão privadas de chegarem às janellas, maxime na epocha de festas religiosas, quando todas desejão observar o que se passa licitamente. Já se dera caso de jumentos até dentro da Egreja Matris, como fôra denunciado por pessoa criteriosa, tanto que senhoras, que alli estavão em orações se retirarão horrorisadas! O Fiscal, que é a autoridade competente para fazer desapparecerem as immoralidades, dormem e não vê; por tanto, "O Batel" leva ao conhecimento do occorrido, á fim de serem dadas as providencias, que o caso exige, á bem da ordem publica. O Exmo. Presidente, como conhecedor da lei, e amigo da moralidade de sua terra natal, fará o que for de justiça.

Fonte: Jornal O Batel, Currais Novos, 31 jan. 1914, p. 4.

Um comentário:

  1. pior é nos dias de hoje quando acontecem festas! homens e mulheres mijando em via publica! ta bom de ja apartir das proximas festas as autoridades fazerem como no rio de janeiro! pegou mijando em via publica... cadeia neles!

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